NEW BEDFORD — Maria Medeiros deixou-se dominar pela emoção, não conseguindo controlar as lágrimas de alegria após se ter tornado cidadã norte-americana, numa cerimónia de naturalização que teve lugar na passada sexta-feira, no Centro de Assistência ao Imigrante em New Bedford.

“Estou cheia de alegria,” salientou Medeiros, enquanto recebia beijos e abraços de parabéns.

A imigrante terceirense radicada em Fall River, residente nos EUA há várias décadas, confessou que adiou o sonho de adquirir a cidadania por causa dos custos associados com o processo e por receio de chumbar o exame de educação cÍvica.

“Há muito que esperava por isto,” salientou.

Vinte outros indivÍduos, provenientes de nove paÍses, adquiriram a cidadania norte-americana na mesma cerimónia. Entre eles encontravam-se vários portugueses, caso do madeirense Manuel Silva e dos açorianos Hélder Pavão, Luis Bolarinho, Amélia Pacheco, Alberto Pacheco e Maria Madruga.

“Estou muito feliz e todos deviam tirar os papéis americanos,” salientou Amélia Pacheco, que emigrou dos Fenais da Ajuda há 36 anos.

O Juramento de Fidelidade à nova pátria foi realizado perante o Juiz Raffi N. Yessayan, do Tribunal Superior. Dirigindo-se aos presentes, o juiz revelou que também era imigrante.

Yessayan nasceu no LÍbano, sendo o mais jovem de sete filhos de um casal com raÍzes arménias. A sua famÍlia decidiu mudar-se para os EUA quando tinha apenas dois anos de idade.

“Penso nos meus pais, que deixaram tudo o que conheciam para trazer para aqui os seus filhos, para novas oportunidades… Por isso, os vossos filhos… se trabalharem arduamente, se estudarem, também podem ter sucesso,” adiantou o juiz, dando as boas-vindas aos novos cidadãos.

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